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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Morgan Freeman chama de "estúpida" lei que proíbe maconha nos EUA

O ator Morgan Freeman, que vive atualmente o personagem Lucius Fox em "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge", falou ao site The Daily Beast que acha "estúpida" a lei que criminaliza o uso da maconha nos Estados Unidos. Para ele, a lei só criminaliza "pessoas que não são ligadas a atividades criminosas".

"Marijuana! A lei que temos é a mais estúpida possível, por conta do histórico que temos. Você não pode fazer com que as pessoas parem de fazer algo que elas querem fazer, então parem de fazer isso ser ilegal. Eles só estão criminalizando pessoas que não são ligadas a atividades criminosas. Estamos gastando zilhões para lutar por algo que não vamos ganhar! Poderíamos ganhar zilhões, era só legalizarem e cobrarem imposto por isso, como fazem com as bebidas", opinou.

O ator também contou à publicação que é favorável ao casamento gay. "Cresci no Sul mas comecei a dançar depois que saí da Força Aérea e, aos 20, e estudando dança, você tem gays à sua volta o tempo todo. Você tem que conhecê-los e mudar de opinião!", disse.

Recentemente, Freeman doou US$ 1 milhão à campanha de reeleição de Barac Obama. Sobre isso, ele disse nesta quarta-feira (18) que Obama havia feito "um trabalho memorável em tempos difíceis". "Ele encerrou os conflitos no Iraque, fez reformas sensíveis em Wall Street, salvou a indústria automobilística e protegeu o sistema de saúde norte-americano. Ele fez nossa nação ser mais tolerante e colocou mulheres impressionantes na Suprema Corte."

Freeman está, atualmente, participando das filmando "Oblivion", longa de ficção científica que tem a participação de Tom Cruise. "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" estreia no Brasil em 27 de julho.

Fonte: Uol Entreternimento - Celebridades
http://migre.me/9Xz4s



quinta-feira, 19 de julho de 2012

O uso da maconha para fins medicinais e científicos é legalizado no Brasil?


Por Sergio Vidal

Não há uma resposta simples para essa pergunta. A mais simples de todas seria: A maconha está legalizada para uso medicinal e científico, mas não está regulamentada. Em termos técnicos a maconha está legalizada, pois a Lei sobre drogas, 11.343/06, diz especificamente, em seu artigo 2, num parágrafo único:

“Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas”.

Ou seja, a lei diz que é possível obter autorização para realizar tais condutas, mas não vai além disso. A Lei de drogas não define quais plantas e substâncias são de uso exclusivamente medicinal ou científico, nem define as regras para emissão das autorizações especiais. A lei apenas define os crimes e as punições relacionadas com a comercialização e posse, sem a “autorização especial” que deve ser emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, do que é chamado genericamente de “drogas”. Em nenhuma parte da Lei ela afirma quais seriam as tais “drogas” nem quais as exigências para obter a “autorização especial”. Mas, no artigo 66, quase no fim do documento, diz:

“Denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/Ms n. 344 de 12 de maio de 1998”.

Esse trecho da Lei legitima à Anvisa criar, da forma como bem entender as regras para cultivo, produção, comércio e consumo de algumas plantas e drogas. A Anvisa também tem o poder de incluir ou excluir plantas e drogas da Lista de vegetais e substâncias que precisam de autorização especial para serem cultivadas, consumidas ou comercializadas. Em outras palavras, é a ANVISA que define não apenas quais plantas e drogas precisam de autorização especial para serem cultivadas ou preparadas, mas quais sãos as regras para emissão de cada tipo de autorização.

A Agência pode definir sobre quais plantas e drogas a Lei 11.343 diz respeito. A lei sobre drogas refere-se apenas à descrição dos diversos tipos de conduta que alguém sem a devida autorização especial pode cometer relacionadas com as plantas ou substâncias que estão na Lista definida pela Anvisa, definindo-as como crimes e prescrevendo punições específicas que vão desde multa até 20 anos de prisão. É a Portaria 344/98 da Anvisa que define quais plantas e substâncias precisam de autorização especial para serem cultivadas, produzidas e distribuidas/comercializadas para fins medicinais e quais os requisitos para fazer isso dentro da Lei.

A Anvisa tem atualizado essa portaria constantemente, de acordo com critérios internos que adota sem maior transparência de quais têm sido as motivações para proscrever uma ou outra planta e substância. O mais recente caso exemplar de como a Anvisa atua na modificação dessa lista seguindo apenas regras internas é a recente inclusão da Sálvia Divinorum e da Claviceps paspali na lista de plantas proibidas. Essa Resolução, do dia 9 de julho desse ano, última segunda-feira, passou a colocar essas plantas no mesmo patamar da maconha e de outras. Assim, as pessoas que cultivam, consomem ou comercializam essas plantas passam a ser considerados criminosos a partir de então.

Esse exemplo ilustra bem também os limites de atuação da Lei 11.343. Até o dia 9 de julho a Sálvia Divinorum e a Claviceps paspali eram plantas que não estavam na Lista da Anvisa. Saíram de um estado de total desregulamentação, para serem incluídas no rol de plantas proscritas.

Enquanto o uso medicinal e as pesquisas científicas sobre diversos vegetais e substâncias comumente chamadas de drogas é uma realidade em diversos países do mundo, o Brasil segue atrasado nessa matéria. O Ministério da Saúde e a Anvisa têm total autonomia administrativa para criar uma Agência Brasileira sobre a Cannabis Medicinal, conforme exigido pela Convenção Internacional sobre Drogas e começar a regular a matéria, por exemplo. Mais que isso, estão autorizados pela atual lei sobre drogas, 11.343/06 e excluir a Cannabis da Lista, ou alterar as regras para o uso do vegetal.

Entre 2008 e 2010 fui representante da União Nacional dos Estudantes no Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas – CONAD. Como membro do CONAD, participei do Grupo de Trabalho que discutiu mudanças na atual lei 11.343, e também formas de regulamentar pontos já existentes nela, que funcionou entre 2009 e 2010. Nesse GT e no CONAD todas as vezes em que era mencionada a importância de regulamentar o uso medicinal da maconha os responsavéis pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD – afirmavam que a maconha medicinal já estava legalizada, faltaria apenas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, junto com o Ministério da Saúde, definir quais seriam as regras para cultivo, produção e distribuição da maconha para fins medicinais. Desde então passei a tentar dialogar com o maior número de ativistas pró-legalização da maconha no Brasil, tentando colocar a importância de tensionarmos o debate para a questão especifica da maconha medicinal. Muitas pessoas não usam maconha porque gostam, mas porque precisam. A discussão da maconha medicinal não deve ser confundida com o debate do uso recreativo. Considero os dois muito importantes, mas sempre achei fundamental priorizar o acesso das pessoas ao medicamento. Acho que já passou da hora de fortalecermos a luta pela regulamentação uso exclusivamente medicinal da maconha.

Com base nessas informações é que afirmo que a maconha medicinal no Brasil é legalizada, mas não é regulamentada. Falta vontade política da Anvisa e do Ministério da Saúde para realizar uma ampla discussão e definir de uma vez por todas quais as regras no Brasil. Mas isso só vai acontecer se o tema for colocado em discussão ampla. Para isso acho que devemos fazer todo tipo de iniciativa para chamar atenção para a questão, principalmente mostrar o grande número de pessoas que precisa da planta como remédio e de quantas poderiam se beneficiar com essa medida.

Quer se informar mais sobre a Autorização da Anvisa para Cultivo de Maconha acesse: http://migre.me/9Xqvq

Quer adquirir o Livro e uma muda de conhecimentos acesse:
http://migre.me/9Xqzb

Fonte:  Smoke Buddies

terça-feira, 17 de julho de 2012

HSBC é investigado por lavar dinheiro de drogas

Segundo o The Wall Street Journal, banco negocia o fim das investigações com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos

São Paulo - O HSBC está sendo investigado nos Estados Unidos por lavagem de dinheiro de cartéis de drogas. Segundo reportagem do The Wall Street Journal, o Departamento de Justiça do país apura se os funcionários do banco foram cúmplices nas movimentações, permitindo que volumes suspeitos atravessassem a fronteira americana rumo ao México - e vice-versa.

De acordo com o WSJ, o banco britânico estaria finalizando um acordo de entendimento com a Justiça para encerrar o processo. A instituição também virou alvo do Senado americano, que se debruçou sobre uma série de práticas regulatórias fiscais que supostamente permitiriam que unidades do HSBC ao redor do mundo fossem usadas para financiar investidas terroristas e, outra vez, lavar dinheiro das drogas.

O WSJ sustenta que o presidente-executivo da instituição, Stuart Gulliver, teria dito aos seus funcionários em nota que o banco reconhece erros do passado e que a gestão teria falhado em detectar e lidar com comportamentos "inaceitáveis".

Os problemas remontam à 2010, quando o Office of the Comptroller of the Currency (OCC), órgão que supervisiona as atividades bancárias nos Estados Unidos, apontou deficiências na compra de grandes quantias de dinheiro e transferências internacionais de fundos, além de falhas na vigilância nas subsidiárias estrangeiras.

Procurados pelo WSJ, tanto o HSBC quanto o Departamento de Justiça se recusaram a comentar. Na semana passada, o Financial Times já havia revelado que a instituição pode ser multada em 1 bilhão de dólares pelas acusações de lavagem de dinheiro.

Fonte: EXAME
http://migre.me/9VeJe


Baterista do Blink-182 declara ter parado de fumar maconha após sérios problemas de saúde.



Travis Barker, o baterista do Blink-182, afirmou que parou de fumar maconha após quase contrair câncer por causa do uso ininterrupto da droga.

Em declaração à revista americana Red Bulletin, Travis revelou ter tido sérios problemas de saúde nos últimos anos, boa parte deles causados pelo consumo excessivo de maconha e má alimentação.

"Os médicos descobriram que eu tinha seis úlceras, além de uma doença chamada Esôfago de Barrett, causada basicamente ou por um refluxo gástrico muito sério, ou pelo fumo constante", disse. "O meu esôfago ficou pré-canceroso".

"Na mesma época apareceu um caroço na minha garganta. Minhas amígadalas estavam três ou quatro vezes maiores do que o normal", conta.

Assustado, Barker decidiu mudar o estilo de vida, e suspendeu o consumo da droga, além de se preocupar com uma alimentação melhor.

"Eu tirei minhas amígdalas e parei de comer e beber certas coisas. Eu amava fumar maconha... Eu costumava fumar à noite, sempre que me sentia ansioso. Sempre achei que faria isso pelo resto da vida", lamentou.

"Quando a sua saúde está em risco, não dá para brincar. Eu amo ser pai, amo tocar, e não quero abandonar nada disso", concluiu.

Fonte: Vírgula
http://migre.me/9VTdm

Comer manga aumenta os efeitos da Cannabis

Comer uma manga (Manguifera indica) bem madura cerca de 30 minutos antes de fumar um baseado aumenta drasticamente os efeitos dos cannabinoides, tanto em potência quanto em duração.

Isso mesmo, não estou brincando, nem é lenda, mas fato científico.

Tal fenômeno ocorre porque mangas maduras (entre outras plantas) são ricas num óleo essencial aromático (e psicoativo) chamado Mirceno, que tem a capacidade de atravessar facilmente o córtex cerebral e tem grande afinidade com cannabinoides, levando-os consigo através dos caminhos fisiológicos. Ele é o responsável pelo aroma acentuado destas frutas e de várias plantas aromáticas, ele tem grande longevidade no organismo e sua afinidade cannabinoica funciona para quaisquer moléculas com alguma similaridade.

Mirceno, ou ß-mirceno, é um composto orgânico oleofínico natural classificado como um monoterpeno. Terpenos são dímeros do isopreno. Outro exemplo de terpenos psicoativos são aqueles encontrados Salvia divinorum, as "salvinorinas", que são diterpenos extremamente potentes que também possuem a mesma afinidade fisiológica do Mirceno.

Ele é ainda produzido em larga escala de forma semi-sintética, geralmente a partir de plantas do gênero Myrcia, sendo uma espécie de fixador, além de componente chave para a síntese de várias fragrâncias.

As Mangas que concentram a maior quantidade de Mirceno, quando maduras, são as variedades Cavalo, Rosa, Espada e Paulista (Andrade, E. H. A.; Maia, J. G. S.; Zoghbi, M. G. B.; J. Food Comp. Anal. 2000, 13, 27.)

Também encontra-se Mirceno em quantidades consideráveis no Capim Sidreira (Cymbopogon citratus), na Erva Cidreira (Lippia alba) e no Loureiro ou Louro (Laurus nobilis), planta que "fazia a cabeça" dos antigos gregos em forma de ornamentos do tipo "coroas", ainda hoje referenciadas como símbolo olímpico.

Felipe Freire

História da Culinária com Maconha

Se cresceste nos Estados Unidos, podes-te surpreender ao saber que o uso da cannabis tem uma história bem longa e ilustre. Muitos ‘activistas anticannabis’ dos Estados Unidos poderiam fazer crer que o consumo da mesma é um vício limitado a hippies, caloteiros ou miúdos liberais da faculdade de artes; o que não sabem é que algumas das mais antigas culturas do mundo têm uma longa história quanto ao fumar e cozinhar marijuana.

 Cannabis na China Antiga

Muitos historiadores concordam que a primeira evidência cultural da Cannabis vem da China, há cerca de 6.500 anos atrás. Os Yang-Shao (a mais antiga cultura neolítica conhecida na China), colhiam sementes de cannabis para ser usado como grãos. As sementes eram moídas em farinha, assadas inteiras ou cozidas em papa. Os antigos túmulos da China tiveram mesmo vasos de sacrifício cheios de sementes de cânhamo para a vida futura.
Embora os antigos chineses não tenham incorporado directamente a cannabis em rituais espirituais, os efeitos das folhas da planta de resina e flores (ou botões) não passam despercebidos. A mais antiga farmacopeia do mundo conhecida, a ‘Pên-ts’ao Ching’, afirma que os topos floridos da marijuana, se tomadas em excesso ou durante um longo prazo “faz comunicar com os espíritos e ilumina o seu corpo.” O documento passa então a receitar marijuana para doenças como a “malária, constipação, dores reumáticas, distracção e distúrbios da mulher”.

Extracto Chinês de Óleo da semente da Cannabis e Óleo de Cannabis

Com as novas tecnologias desenvolvidas, os antigos chineses aprenderam a extrair o valioso óleo de cânhamo, usando uma técnica ainda utilizada no mundo ocidental no século XX. Estas sementes de cannabis pressionadas renderam quase 20 por cento de óleo por peso.
O óleo de cannabis tem uma série de utilizações, mas aqui estamos mais preocupados com suas aplicações na culinária. Após a extracção do óleo, o resíduo ou “bolo de cânhamo” ainda continha óleos nutritivos e proteínas, o que se tornou uma alimentação saudável para animais domesticados. Assim, os antigos chineses provavelmente foram os primeiros a descobrir, colher e cozinhar com a cannabis.

Cannabis na Índia Antiga

Cerca de 2.500 anos mais tarde, os Arianos errantes (uma tribo nómada Indo-Persa) trouxeram a Cannabis para a Índia, onde foi rapidamente adoptado tanto para as suas aplicações práticas (fibras de cânhamo e nutrição, por exemplo) como pela sua assistência em rituais religiosos (com os seus efeitos psicoactivos). Os índios anciãos adoravam os espíritos das plantas e dos animais, e a marijuana começou a desempenhar um papel activo nos seus rituais, bem como a tornar-se um objecto de adoração em si.
A marijuana tornou se sagrada, e o seu espírito, o chamado “bhangas spirit” era adorado e apelidado como “a liberdade do sofrimento e como um alívio para a ansiedade.” Os antigos indianos viam a planta como um presente dos deuses, saudando-a como uma erva mágica que “baixa a febre, promove o sono, alivia a diarreia, estimula o apetite, prolonga a vida, acelera a mente e melhora o julgamento.”

Índios anciães criam uma infusão de manteiga ‘Ghee’ de Cannabis e o ‘Bhang’

Tal como os chineses, os indianos antigos usavam as sementes como grãos para cozinhar, mas ao contrário dos seus antecessores, os índios também procuraram aproveitar o efeito farmacológico único da cannabis, cozinhando as flores, folhas e caules em manteiga ‘Ghee’ para ser usado numa infinidade de receitas.
Ghee, um ingrediente comum na comida indiana moderna, é uma deliciosa manteiga clarificada que pode ser armazenada por longos períodos de tempo sem refrigeração, desde que seja armazenada num recipiente hermético. A infusão de Cannabis ‘Ghee’ pode ser substituída, sendo chamada de ‘Ghee’ regular, no entanto não será cozida a temperaturas superiores a 401 graus Fahrenheit, altura em que o THC começa a perder a sua potência.
Além de Cannabis Ghee, antigos índios também misturavam Marijuana com outras especiarias (incluindo sementes de papoila, pimenta, gengibre, sementes de cominho, cravo, carda momo, canela, noz-moscada, açúcar e leite) numa bebida chamada “Bhang”. Hoje em dia, “Bhang” é apreciado na Índia – mais que o álcool e o vinho que são mais usados no Ocidente.

Cannabis atravessa a Europa

Eventualmente a Cannabis passou pelo Médio Oriente para países como a Babilónia, Palestina e Egipto, onde o cânhamo era utilizado em tecidos e, como grãos. Chegando á Grécia, pode ter sido referenciado no grande épico de Homero, a “Odisséia”. Os gregos e os romanos nao fizeram noticia das propriedades tóxicas da planta, mas usaram o cânhamo em fibras para fazer roupas e tapetes.

Cozinhar com Cannabis nos EUA

Com o aumento do comércio e das viagens, as sementes de Cannabis foram levadas para todas as partes do mundo conhecido. Quando os primeiros colonos vieram para as Américas, trouxeram cannabis com eles. Tanto quanto a história da culinária com cannabis nos Estados Unidos existe, o registo de tal é irregular, mas certamente renasceu na década de 60/70 com a forte influência indígena sobre a geração “hippie”.
Hoje, cozinhar com marijuana voltou em voga, especialmente com a descriminalização da cannabis em diversos estados (EUA) e as sempre presentes prescrições de maconha medicinal. Cozinhar com cannabis é uma óptima maneira de experimentar tanto os efeitos nutricionais da planta como os fisiológicos.

Felipe Freire

O Vinho agora bebe-se com Cannabis !


Há já alguns anos que algumas adegas na Califórnia produzem às escondidas vinho com Cannabis sativa, a erva que dá origem ao haxixe. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Cannabis de Napa Valley, Crane Carter, a bebida está a tornar-se conhecida na região, principalmente através da divulgação "boca-a-boca". «Os Cabernet Sauvignon são os que melhor combinam com a erva», disse Carter ao jornalista Alberto Martinez, para o blog Uvinum.

Carter explica ainda que os efeitos do vinho com cannabis nos que o bebem «são mais rápidos do que os das bolachas com cannabis», também produzidas na região. «O vinho provoca uma tontura interessante», ironiza. Segundo Carter, boa parte das adegas californianas já testam vinhos com cannabis mas ainda em quantidades pequenas, porque apesar da liberalidade dos californianos, a produção de vinho com a droga ainda é ilícita. «É para ser compartilhado com amigos de mente aberta», opina o jornalista especializado em vinho, Mike Stenberger, que define o sabor da bebida como «picante como a erva» e cujo aroma recorda «um alojamento universitário num sábado à noite».  
 
Para fazer a bebida, são misturados cerca de meio quilo de cannabis com o mosto das uvas maceradas numa barrica e logo se produz a fermentação – o que resulta em 1,5 grama de cannabis por garrafa de vinho.

Felipe Freire